A ideologia das ideologias pós-modernas: a emoção da razão

A ideologia das ideologias pós-modernas: a emoção da razão

Que podemos facilmente constatar que vivemos um período de polarização intensa não é novidade para ninguém. Que vivemos um período onde “ideologias” tem, cada vez mais, se sobreposto a civilidade e aos bons modos da vida cotidiana em sociedade civilizada também não é um fator de surpresa para grande parte dos que minimamente se atentam para a mudança de postura das pessoas em ambiente social. Todavia, o maniqueísmo (a prática de se contrapor forças opositoras irreconciliáveis) não é novidade no meio da política e da guerra em termos históricos. Diversas civilizações, instituições e pessoas se utilizaram da fácil inclinação das pessoas de ver “inimigos mortais” e “ameaçadores” de sua existência em diversos lugares sendo eles reais ou imaginários.

Mas, para os que já se aprofundaram mais em questões além da materialidade visível sabem que a dualidade é um aspecto da pisque humana irrevogável a nossa existência. A dualidade esta no contra ponto da vivencia humana onde “luz e trevas”, “bem e mal”, “emoção e razão”, “paz e guerra”, “racionalidade e afetividade” e outras tantas dualidades espirituais que se apresentam no mundo material podemos entender que nós chegamos em um ponto de ruptura. Quando uma situação chega neste ponto os “nervos ficam a flor da pele” em todos os sentidos e em todas as circunstancias. Por isso podemos ver a ideologia das ideologias se expandindo mais e mais através da extrema violência que ela incita nas pessoas quando estas são confrontadas com suas formas “racionais” de verem o mundo. De fato, se fosse racionais mesmo não haveria necessidade de tanta violência, mas elas são emoções transvestidas de racionalidade.

Tudo se tornou “racional” superficialmente falando, mas podemos “sentir” (literalmente) a intensidade das emoções aflorando em “raciocínios” e “lógicas” sendo cuidadosamente explanados e detalhados. A emoção é a grande ideologia do mundo pós-moderno. As compras racionais se tornaram compras emocionais (por impulso alguns dizem) tanto quanto os raciocínios lógicos ponderados se tornaram gritos de torcidas organizadas inflamadas por seus “atacantes” e “ídolos”. Toda e qualquer discussão “racional” tem se tornado uma luta titânica entre o bem e o mal entre a hegemonia absoluta ou a extinção total. Muita bílis para tão pouco alimento para digerir...

A emoção da razão é grande dragão ideológico dos nossos tempos...