É preciso ter em mente sempre o embate essencial entre forças externas (globalização, solidariedade organizacional e corporações multinacionais) e as forças internas (localidade, comunidade, culturas, solidariedade orgânica) para se entender a força do lugar. O sistema capitalista opera globalmente através dos sistemas de ação (desejos de consumo replicados, propaganda, mídia, consumismo etc), mas em algum momento (para concretizar essa atmosfera de consumo (psicoesfera)) precisa agir no materialmente (precisa instalar lojas, fábricas, distribuição etc) e esse agir se dá na localidade ou na região. É neste momento que o sonho encantado do marketing passa a ter suas implicações reais sobre a vida cotidiana de populações que até então viviam no reino encantadodo markeitng global.Uma corporação como a Benetton(por exemplo), prega diversidade e igualdade na propagação de sua marca global, mas quando vai se instalar em algum país asiático o faz por meio da exploração sistemática e desigual de seus “colaboradores” mostrando sua verdadeira faceta corporativa que é muito diferente daquele discurso ideológico – propagandístico.
Olugar,portanto,éolócusdoconfrontoentreodiscursoideológicodaglobalizaçãoeasimplicaçõespráticasdesuaaçãonolugar(práticacorporativadaexploraçãosistemática):“essa é uma realidade tensa, um dinamismo quese está criando a cada momento, uma relação permanentemente instável e onde a globalização e localização,globalização e fragmentação são termos de uma dialética que se refaz com frequência (...) cada lugar, é a suamaneira, o mundo (...) todos os lugares são virtualmente mundiais” (pag 252) .
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