Não é possível se falar de Modernidade sem se falar do processo de urbanização. As grandes cidades são a grande ode a modernidade que por meio da concentração de populações em um mesmo local pode realizar a revolução cultural mais ousada da história. Em um curto espaço de tempo descontruiu todo um acervo cultural gestado por milênios por meio de instituições religiosas e laços de vassalagem feudal. Todo um acervo moral e cultural foi substituído em uma velocidade fantástica através do “estilo de vida urbano” (ou cultura urbana) onde a “liberdade” imperava acobertada pelo “anonimato”.
Em grandes cidades não temos que honrar o “legado dos antepassados” ou da “família” e nossa loucura ocasional pode ser vivida em um bairro distante e nossa normalidade em nossa localidade sem o menor constrangimento social. Eis a sedução dos grandes centros urbanos e de sua cultura. Todavia essa “liberdade” gerou uma descrença generalizada nos “valores morais solidamente consolidados” porque tudo parecia ser efêmero demais e não “confiável”. Todos desconfiavam de todos porque a possibilidade de uma “vida oculta” sempre
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