Capítulo 3 – Narciso ou estratégia do vazio
03 – A personalização e as experiências de consumo: o eu no centro de tudo
A figura de Narcismo aparece com um símbolo da nossa era justamente pela necessidade continua de “autoafirmação” por parte das pessoas. Obviamente essa necessidade frenética advém do fato de que a afirmação individual deles vem da aquisição de mercadorias (objetos externos a si mesmo) e não de uma busca interior de realização em termos de “ser realizado”. O personagem em questão vivia um dilema parecido, mas não exatamente igual. A busca obsessiva pelo “seu ser” o levou a mergulhar em busca de algo abstrato e não atrás de um “bem de consumo” palpável e suscetível de exibição social tal como o capitalismo oferece. Há diferenças, mas também há similaridades entre os casos...
Os grandes timoneiros do capitalismo moderno sempre afirmam que não vendem “produtos”, mas vendem “sonhos”. Eles não vendem mais produtos e sim “experiências de consumo”. Não somente a velocidade de entrega das mercadorias aumentou (novos lançamentos e períodos cada vez mais curtos), mas também a intensidade desta experiencia aumentou e tende a aumentar cada vez mais. O “consumidor” (esse ansioso individuo que busca afirmar o seu “eu” através das
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