top of page
Foto do escritorUbiratan Machado

Geografia, Capitalismo e Urbanização: o ser moderno, a voracidade do capital e o desejo de mudança


Geografia, Capitalismo e Urbanização: o ser moderno, a voracidade do capital e o desejo de mudança coletivo


Como eu já mencionei aqui em outros artigos o espaço geográfico é fruto de um processo que é fruto da convergência entre sistemas de ações (movimentações, práticas, ações, movimentações de pessoas e ideias em direção a ações que resultam em construções materiais presentes na sociedade) e sistemas de objetos (toda a materialidade resultante das ações, práticas e movimentação das pessoas – serviços, produtos, bens, fábricas, pontes, shoppings, cidades, lojas, brinquedos). O espaço geográfico demanda por sistemas de ações (movimentação) e por sistemas de objetos (materialidade, construções produtos e serviços).


A nossa própria ideia de progresso esta ligada em “quanto o “lugar” mudou em relação a dez anos atrás”. Se o “lugar” não mudar ele esta “atrasado” sem “progresso”. São Paulo é considerada uma cidade dinâmica porque passa por contínuos processos de transformação engolindo toda a “materialidade obsoleta” (seu passado) para construir uma cidade moderna e cosmopolita. Desde a modernidade que o homem urbano é seduzido pela ideia de “progresso”. O “ser moderno” é o ser que muda constantemente e isso obviamente demanda “capital”, “investimentos” e, principalmente, demanda desejo pelo “novo”. Esse “desejo pelo novo” é o impulso mantenedor da voracidade lucrativa do capitalismo e das grandes corporações. Portanto, podemos entender que a dinâmica do capitalismo esta diretamente ligada a transformação do espaço geográfico e, principalmente, ao desejo das pessoas pelo “novo” e o “moderno”. Isso se processa nas mais variadas escalas: local, regional e global.


A cidade é onde podemos ver o ápice deste processo de voracidade capitalista. Essa voracidade não tem origem necessariamente no sistema capitalista, nas corporações ou no consumismo fanático, mas tem origem sim no imaginário social que esvaziado da vida comunitária (que fomenta prazeres interiores de existência coletiva e unidade) se lança em uma busca frenética de se saciar materialmente (prazeres externos que mostram seu progresso aos demais por meio de coisas, objetos, produtos e ostentação social) quer ver sua “glória” refletida em alguma coisa material exterior...

7 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page